Depois de tanto tempo, resolvi escrever. É estranho, não entendo quando é q vem a vontade de escrever aqui, não tem a ver se eu tenho coisas para contar ou não.
Aconteceram algumas coisas ultimamente q pensei em contar mas não tive muita inspiração, logo, por tirar o atraso, acho q esse post vai ser um pouco comprido. Por isso vou separar em algumas partes.
Causas implicam em conseqüências, mas conseqüências não implicam em causas
Não sei se isso q vou falar acontece com outras pessoas; talvez com todos ou com alguns, ou ninguém. Às vezes o resultado não vem de uma causa esperada, e sim de algum motivo q pode ser o mais bizarro aos olhos dos outros! Eu estava procurando alguma coisa no meu quarto outro dia q eu não me lembro mais, e como estava uma bagunça eu não conseguia achar. Logo, pensei em mudar as coisas de lugar e deixar as mais bagunçadas no chão para procurar. Por fim, eu encontrei o meu quarto em uma bagunça q eu não diria insuportável, mas caótica!!
Aí eu resolvi tirar algumas fotos XD
Logo mais eu pensei em como seria legal tirar fotos do mesmo quarto totalmente limpo e arrumado, e então eu comecei limpar tudo.
Foi engraçado, arrumando o quarto eu pude perceber algumas coisas q eu não tinha idéia antes. Uma delas era q meu quarto havia mais coisas do q espaço para guardá-las. Uma outra é q a empregada não limpa onde geralmente nossos olhos não espiam -_-¡
Foi triste tirar a sujeira de alguns lugares, parecia q não haviam sido limpos desde q minha família mudou para essa casa. E minha alergia à poeira agradece. Passei muita dor nas costas e me espremi em muitos lugares para fazer uma limpeza, e logo meus pais me viram limpando o meu quarto e disseram: "Ah, resolveu limpar o quarto? É por causa da sua alergia né? Tá vendo só, é só tomar a iniciativa q vc faz as coisas".
Pois é...
Alguns motivos podem ser realmente bizarros aos olhos dos outros.
Infelizmente, eu parei de arrumar as coisas quando aproximadamente 90% do meu quarto estava arrumado. E a bagunça é rápida e já começa a se acumular... será q eu vou conseguir tirar as tais fotos?
Grandes erros das pessoas
Época de fim de ano... todos felizes. Eu desejo de coração q todos passem muito bem, mas eu não gosto dessa época. Para piorar, coisas chatas acontecem, para premiar o ano q eu gostaria de esquecer para o resto da vida. 2003 foi um ano q aconteceram coisas boas e ruins para mim, infelizmente as coisas ruins se sobrepuseram a todas as outras coisas, no meu modo de julgar minha passagem.
Eu descobri q o q eu tenho de maior em mim é o meu orgulho. É maior q a minha teimosia, maior q a ética q eu defendo. É como uma droga, ele me faz mal e eu não consigo largá-lo.
A contra-gosto, passei o Natal com a família novamente. Desde bem pequeno, todo ano é assim: Natal com a família. Não me sinto bem. Apenas fico lá fingindo q gosto e é tudo muito chato... u_u¡ Não fosse isso, ainda tenho obrigação, pela minha mãe, de participar do amigo secreto >_< Acho q ninguém sabe q eu não gosto de amigo secreto. Infelizmente é assim.
Iríamos o Ano Novo passar no sítio em Tatuí. E no dia 29, segunda-feira, eu estava mexendo no pc e já tinha até escolhido a foto para postar no fotolog, esperando chegar 0h00 para conectar na internet e procurar informações sobre PHP, uma linguagem de programação q eu estava estudando ultimamente. Naquele momento meu irmão chama os amigos para ir para o sítio aquele dia mesmo. A intenção da minha mãe era q meu irmão me levasse, pois no carro do meu pai só cabe duas pessoas. E eu não estava a fim de ir para lá, pq lá não tem nada de bom para fazer e eu já tinha coisas importantes para resolver. Ficar lá até dia 2 ia ser um saco. E eu falei q não ia. Então meu irmão saiu para buscar um dos amigos. Pronto. Foi só isso para ver de novo se minha paciência não explodia.
Primeiro minha mãe veio dizer q não ia ter almoço aqui. Mas não era problema, pq eu poderia fazer para mim. Em seguida, perguntou se eu era algum bicho para querer passar sozinho. Em seguida chegou o meu pai. E começou todo aquele papo.
"-Como vc vai conseguir viver se excluindo da sociedade desse jeito?"
"-Eu estou estranhando vc. Vc é anormal? Na festa q o mundo inteiro quer comemorar junto vc quer ficar sozinho? Vc é anormal."
"-Como vc vai conseguir um emprego desse jeito? E depois q conseguir, como vai se relacionar com os outros?"
Foi um saco. Odeio quando essas coisas acontecem >_< E no ano passado aconteceram várias vezes!! É por isso q eu amaldiçôo aquele ano!
Mas então vieram as perguntas:
"-Vc tem alguma coisa contra a gente?"
"-A gente fez alguma coisa q vc não gostou?"
E realmente tinham feito, há alguns anos, algo q me magoou muito. E foi a razão por eu ter me calado diante dos meus pais por tanto tempo. No dia do tal acontecimento, decidi q, como não quiseram me escutar, ficaria fechado sobre minhas considerações, até o dia em q eu iria dizer todas as coisas injustas deles. E minha resposta foi:
Não...
O q eu disse? Não fui capaz de me expressar. Não fui capaz de dizer uma só palavra, de todas as coisas q eu pensava. Não era a primeira vez q me perguntavam sobre isso, mas na primeira vez as circunstâncias não favoreciam. E eu teria q falar dessa vez! As palavras simplesmente não saíram, e como se fosse uma auto-defesa, a única palavra q era muito fácil de dizer era um simples não. Talvez por não conversar muito com eles, ou por praticar por tanto tempo o ato de esconder meus sentimentos, mas acho q é coisa do meu orgulho.
Eles feriram o meu orgulho naquele tal dia, e meu orgulho não me permitiu dizer sobre nossas diferenças, e de tudo o q eu pensava. Meu orgulho me fez ser tão hipócrita quanto fingir estar alegre na frente de todos no Natal e no Ano Novo. Meu orgulho me fez ser falso sobre o q eu acho totalmente anti-ético e mentir de maneira insensata. Meu orgulho q me fez tomar uma atitude pelo q eu achava certo me traiu!
O blá blá blá deles continuava. Até q eu disse q ia com eles no dia seguinte. Então eles teriam q ir com o gol, e deixar q meu irmão levasse as coisas q eles levariam na pick up. Meu pai foi embora e minha mãe ficou tentando me convencer a ir com o meu irmão. Ela disse q eu não deveria ser daquele jeito, q eu não olhava nos olhos dela para falar. E me pediu para voltar a ser do jeito q eu era antes. Ela me abraçou e ficava lembrando dos tempos em q eu era pequeno, q queria q aqueles tempos voltassem. Lágrimas começaram a sair dos seus olhos. Nesse momento, quase derramei lágrimas tb. Ela provavelmente quis q eu o fizesse. Mas meu orgulho não me permitiu.
Depois de algum tempo, eu disse q ia com o meu irmão. E ela ficou feliz e foi embora. Comecei a arrumar minhas coisas todo emburrado. Logo meu irmão chegou em casa e nós fomos para a casa de um dos nossos amigos, onde outros esperavam para ir.
Passado tudo, ao invés de ficar até o dia 2 tive sorte de poder voltar com o meu tio no dia 1 hehe!
A doença
Lá no sítio eu consegui pegar um resfriado q me atrapalhou até hj. Na noite do Ano Novo nem todos podiam dormir dentro de casa. Enquanto eu dormia em uma das barracas, choveu. E para minha sorte, dentro da barraca em q eu estava chovia ¡_¡
Mesmo resfriado, sexta-feira eu comi um lanche à tarde e saí com uns amigos para ir ao karaoke e beber um pouco. Quando voltei eram umas 2h00 da manhã, morrendo de fome. Resolvi não comer nada pq ia acordar os meus pais e tb pq ia dormir. No almoço do dia seguinte minha mãe tinha feito macarrão mas eu não consegui comer muito talvez por causa da cerveja.
Mais tarde, debilitado por causa da gripe e por não ter me alimentado direito, numa época de acontecimentos ruins, comecei a pensar na minha vida e fiquei extremamente emotivo. Sentindo fraco, não conseguia ser muito racional e minha capacidade de conter essas emoções tristes baixara bastante. Fiquei com vontade de chorar, mas estava fraco para pensar profundamente no assunto e consegui me conter.
Queria morrer. Aquelas coisas se fecharam na minha cabeça e não queriam sair mais. Não sabia como eu iria lidar com os meus pais no futuro. Será q vai ser assim para o resto da vida? Eu senti q precisava de ajuda, mas não tinha a quem recorrer. O orgulho realmente me corroía...